quarta-feira, novembro 19, 2008

no escuro para o aperto

Tenho uma estrada longa para chegar a casa. Perto do fim há uma rotunda. Nela, viro à esquerda no caminho mais curto do aconchego, da saudade, da porta da casa. Mas ás vezes, quando a dolencia da alma o determina, sigo em frente.

Em frente tenho um contorno maior de mar e cheiro a sal. Mas sobretudo tenho uma estrada escura, escura rente ao atlântico. Confesso que gosto do arrepio da estrada negra, encruzilhada de serra e de mar, sem luz e com vestigíos da areia que o vento atira à estrada.

Gosto desse tremor, dessa provocação do terror, da estrada escura, escura e o mar quase invizível.

Ás vezes gosto de arrepios negros.

2 Comments:

At 11:57 da tarde, Blogger Rui said...

Essa sensação é tão familiar... o arrepio negro.
Saudades, H.

 
At 9:36 da tarde, Blogger David (em Coimbra B) said...

É das poucas coisas que por aqui me falta, o mar, habituado que fui desde miúdo a ir vê-lo assim nessa dimensão.

 

Enviar um comentário

<< Home

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!