para buenos aires
Não chegaste a apagar o cigarro que ficou a arder na janela do corpo da mulher. Acelaraste o passo para que a sombra não se chegasse a deitar sobre a mulher destroçada e assim não se amarrotassem os lençóis de linho. Esqueceste o beijo, que sendo último, deveria ser cumprido. Viraste a esquina e foste para Buenos Aires, que imagino ser o lugar no mundo para onde vão todos os homens que partem.
Fizeste a porta, amarrotaste o amor e fugiste rasteiro na luz. Com a firmeza de gesto que tem os homens quando, no fundo, se assustam.
Tens pressa. Um tango para dançar, em Buenos Aires.
Fizeste a porta, amarrotaste o amor e fugiste rasteiro na luz. Com a firmeza de gesto que tem os homens quando, no fundo, se assustam.
Tens pressa. Um tango para dançar, em Buenos Aires.
1 Comments:
São os "Vogelstein" do L. F. Veríssimo e do J. L. Borges. Um dia irei a Buenos aires e de lá mando notícia. Prometo.
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