1º de Maio
Nesta adiposa comemoração por somatório de anos, chateiam-me os velhos cravos, as palavras de ordem carunchosas dos sindicatos, o desabotoar de antigas músicas nos palcos, as congestivas tendências partidárias dos trabalhadores,
(uma espécie de ópera do malandro)
quando a verdadeira exigência é exigir trabalho e salários a rimar com prazer e resultados, para que o país se faça outra vez feliz.
(uma espécie de ópera do malandro)
quando a verdadeira exigência é exigir trabalho e salários a rimar com prazer e resultados, para que o país se faça outra vez feliz.
E a motivação,
avaliação,
reivindicação,
às vezes é deixar que nada aconteça.
Que a chuva como hoje apareça,
insistente, regando o Maio das flores
e deixando passear, por felicidade, quem dela não se proteja.
Uma conversa com a chuva longa durante todo o dia,
(longa a conversa para que se calem e a ouçam)
é saber que por ela, ouvindo,
se encontram no primeiro passo de dizer «é possível!»,
começando numa conversa
a desejo contigo, sobre nuvens,
copos e mãos sobre uma mesa.
1 Comments:
confesso que também me enjoa certo tom, às vezes, e chego a ter remorso disso, alguém me perdoe, mas não suporto a impressão de alguns que comemoram estes dias como se tivessem saudades do antes, de quando foram herois. senti isso no 25/4, nas palavras do responsável da Caminho, quando fui ao lançamento do livro de JP Mésseder que conta a revolução às crianças... que me perdoem todos os que festejam com alegria mesmo
ão
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