miss h, agradece
Hoje deram-me um dia de primavera a fingir outono, salgado de mar novo com vento antigo. Hoje o mundo telefona todo e eu atendo, não atendo, consoante o vagar que o mundo me deixa. Hoje fiquei com muitas horas nas mãos porque porque interrompi o dia para apoiar a noite e a dança. Uma filha tem hoje o espectáculo final de ballet e eu ando na trajectória entre a escola, o ensaio, o gel no cabelo, os ganchos e as redes, a lavagem das sapatilhas até me sentar à noite a vê-la dançar.
Por isso o dia é hoje tão meu, com tantas horas e azáfama, com o mar a abeirar-se destes inúmeros percursos. Hoje ainda não tive tempo para ter idade nova mas sabe-me bem este vaivém de mãe, este peso das horas a mais, este fingimento de outono, este fazer café e deixar a luz entrar pela janela, estas palavras que ouço ou leio...adoro esta sensação de não dar por ela e saber de quem dê, sem que o mundo saiba.
Obrigado aos amigos que me afagam. E acho que, hoje, ainda me prometem chuva...
Por isso o dia é hoje tão meu, com tantas horas e azáfama, com o mar a abeirar-se destes inúmeros percursos. Hoje ainda não tive tempo para ter idade nova mas sabe-me bem este vaivém de mãe, este peso das horas a mais, este fingimento de outono, este fazer café e deixar a luz entrar pela janela, estas palavras que ouço ou leio...adoro esta sensação de não dar por ela e saber de quem dê, sem que o mundo saiba.
Obrigado aos amigos que me afagam. E acho que, hoje, ainda me prometem chuva...
2 Comments:
Oh, como estás linda na fotografia! Também deixei parabéns lá onde ninguém lê. Gosto de vir aqui.
~CC~
"vaivém de mãe" é uma expressão fabulosa. que rico dia deve ter sido!
Enviar um comentário
<< Home