terça-feira, fevereiro 27, 2007

O óptimo de Cabrita

Declaração de interesses egoísta:
Vivo, quando vivo, a 200 metros do centro de Coimbra do INEM.

O amigo Diogo Cabrita, médico cirurgião, foi ao Prós e Contras da RTP 1 defender a sua dama. Cirúrgico, como a competência das mãos na arte de abrir, mexer e mandar coser os corpos débeis; abriu, mexeu e mandou coser o sistema de saúde. Não o imaginava assim tão ao lado do meu mundo autarca, vibrando a audiência, acordando e arrancando “vivas” às velhinhas rurais do sofá da lareira e dos SAP’s, figura muito próxima de um candidato em campanha num período eleitoral.

Começou lá em cima por Valença a operar para baixo como Afonso Henriques, desancou forte a “questão Coimbrã”, sempre gabarola da cidade excelência da saúde, ancorada no comodismo técnico dos dois hospitais centrais (excesso de valências, excesso de entropia) e pediu, o que concordo em absoluto, uma coragem política de avaliação.

Merecia ter sido parte activa da equipa técnica. Merecia ter estado no palco. Pressinto que a sua colagem ao “espírito reivindicativo autárquico” lhe possa reduzir alguma da lucidez a que sempre me habituou. É que dessa constante necessidade der ser parte - mas procurar distância! - sei eu em demasia.

Como cliente do SNS pelas mãos dele, não lhe posso dar toda a razão. Conheço bem esses ambientes do mundo rural e nem sempre o que parece é. A proposta de rede apresentada (muito sólida na voz do Dr. José Manuel Almeida) convenceu-me. Mas ver o amigo de anos esgrimindo os poderes instalados com o bisturi da ousadia e da preparação técnica a que se dedica é um privilégio, porque continua com todas as suas qualidades em riste.

Nem sempre o óptimo de Cabrita é o óptimo de Pereto.



1 Comments:

At 9:46 da tarde, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

fiquei inchada de orgulho por ele!!! o nosso Diogo!

apesar de também me agradar o (tão raro entre nós) pensar global que a reestruturação representa, também não emcaixo o passe de mágica do "agora não estamos a falar dos SAP que vão fechar", é só das urgências, como se se pudesse falar de um sem falar do outro.

estava tudo para ali cheio de elogios armadilhados, cheio de meias tintas, todos muito de acordo sem se perceber ao certo ao que tinham vindo, até que o Diogo falou: e brilhou, como só ele. é nosso (não sentiram como C Campos tremelicou ao ouvi-lo?)!

 

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