quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Ir e levar pela mão, levar e ir pela mão...



Fiz estes dias ao jeito da criançada, da minha e da que tive cá por casa, e a luz esteve connosco no cansado de uma tarde na Quinta da Regaleira, nessa espécie de fascínio eterno e aventureiro que os arrepia na escuridão absoluta da Gruta do Labirínto e os deixa extasiados com a abertura da porta de pedra do Poço Iniciático e a descida húmida até ao fundo, com saída obrigatória no pular de pedra em pedra até ao Lago da Cascata. Aquele mundo de árvores e pedras, com o Castelo dos Mouros ao fundo, tem neles uma dimensão de mundo de aventura de que já não temos imaginário que comporte.

Sossegamos no frio da praia da Adraga, até ao escuro chegar, e adormecemos cansados de aventuras com luz bonita.

Recomendo vivamente a Quinta da Regaleira. Visita guiada aconselhável para adultos. As crianças cansam-se das explicações que os excelentes guias nos dão, mas o esoterismo para eles é mais feito de correrias e do escuro dos trilhos.Lugar bom para levar os miúdos em dias muito quentes, sufocantes de verão, com lanterna enviada no bolso das calças.



Hoje não fui trabalhar e fomos passar o dia á Gulbenkian. A R, muito dada á história e em particular á história egípcia, quis visitar a exposição permanente. Assim o fizemos com vagar, com a mesma luz bonita a sombrear as estátuas gregas e os jardins, onde se voltaram a perder, a saltar de pedra em pedra, a esconder nos canaviais.

Tantos anos passei lá enquanto estudante, fiz os mesmos caminhos, me sentei no mesmo anfiteatro, escolhi as mesmas sombras e supreendi-me com a sensação virginal de como tudo aquilo se mantém bonito, estéticamente belo. De uma beleza quase sem tempo porque lhe resiste superiormente.

Fomos ver a exposição “ A evolução de Darwin”. Ao comprar o bilhete deixamos logo o nome para visita guiada ao público, com hora certa. Aconselhável. Fantástica, fantástica. A mim, encantou-me em absoluto a sequênciação e apresentação da mesma e a ordem com que tanta coisa ficou em mim organizada. Brilhante. R, com 11 anos, consegui acompanhar muito bem, tendo-lhe restado a dúvida, que quis esclarecida de imediato no carro, “ do que era o ADN”. T, 9anos, gostou mas diz não percebeu muitas coisas. Gostou de muitas coisas soltas, sem evolução.

Imperdível esta “ A evolução de Darwin”.

Cansadas. Cansadas de uns dias diferentes, num lugares sempre a agendar, num tempo de ter muitas perguntas. Sempre, sempre com esta luz fantástica da primavera com árvores nuas.

1 Comments:

At 7:19 da tarde, Blogger David (em Coimbra B) said...

Ir e levar pela mão...

 

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