Chuva para a despedida
Afinal choveu neste sábado de exame. Acabou.
Os fins com chuva, frio e vento são um bocadinho mais cinzentos. Mais cortantes.
Todos os fins tem em si mesmos, ou tão só na ideia em si, tristeza. Apreendemos devagar na vida essa inevitabilidade. Vivemos entre fins de inúmeros ciclos. Voltamos um dia, sempre, à tristeza. De tão certo isto, os fins e a tristeza das despedidas ganham um pouco de doçura.
Acabou, pese embora ainda termos a sessão formal do fim. Entrega de diploma e jantar. Mas essa, será seguramente noite de borga.
Num grupo que se revelou excelente, há sempre pessoas que nos ficam. Saem dos retratos e colam mais em nós. Iremos querer saber delas, sempre.
Depois de ter percebido que enrolamos os afectos no lado inverso das palavras e gastamos muito tempo a enconde-los do ar, decidi-me a esta tarefa de me obrigar a materializa-los depressa, a atirar da alma para fora, com ou sem chuva.
Sendo às vezes um erro, é-me um princípio.
Tudo isto porque do grupo me ficaram três pessoas do afecto, S, R e L ( talvez uns outros três a mais destes três!) , as quais gostei muito, muito de conhecer, com as quais fumei cigarros mais ou menos devagar e das quais quererei sempre saber. Três pessoas com as quais estudei e me diverti imenso, imenso e com as quais acho que fui tão helena com tantas idades de helena...
Ocorreu-me, já com o café quente e a chuva na janela, que a minha revelação do afecto poderia passar por lhes dar a saber desta Linha do Norte, desta estação de outros afectos imensos, esta coordenada de mim.
Assim o farei reenviando-lhes depois este mesmo post. ( Vão sorrir e depois de tamanha tertúlia em noites de estudo, dirão que tento “limpar” a imagem ... )
Amigos, isto é só uma outra competência, um lugar de mim. Até sempre!
Os fins com chuva, frio e vento são um bocadinho mais cinzentos. Mais cortantes.
Todos os fins tem em si mesmos, ou tão só na ideia em si, tristeza. Apreendemos devagar na vida essa inevitabilidade. Vivemos entre fins de inúmeros ciclos. Voltamos um dia, sempre, à tristeza. De tão certo isto, os fins e a tristeza das despedidas ganham um pouco de doçura.
Acabou, pese embora ainda termos a sessão formal do fim. Entrega de diploma e jantar. Mas essa, será seguramente noite de borga.
Num grupo que se revelou excelente, há sempre pessoas que nos ficam. Saem dos retratos e colam mais em nós. Iremos querer saber delas, sempre.
Depois de ter percebido que enrolamos os afectos no lado inverso das palavras e gastamos muito tempo a enconde-los do ar, decidi-me a esta tarefa de me obrigar a materializa-los depressa, a atirar da alma para fora, com ou sem chuva.
Sendo às vezes um erro, é-me um princípio.
Tudo isto porque do grupo me ficaram três pessoas do afecto, S, R e L ( talvez uns outros três a mais destes três!) , as quais gostei muito, muito de conhecer, com as quais fumei cigarros mais ou menos devagar e das quais quererei sempre saber. Três pessoas com as quais estudei e me diverti imenso, imenso e com as quais acho que fui tão helena com tantas idades de helena...
Ocorreu-me, já com o café quente e a chuva na janela, que a minha revelação do afecto poderia passar por lhes dar a saber desta Linha do Norte, desta estação de outros afectos imensos, esta coordenada de mim.
Assim o farei reenviando-lhes depois este mesmo post. ( Vão sorrir e depois de tamanha tertúlia em noites de estudo, dirão que tento “limpar” a imagem ... )
Amigos, isto é só uma outra competência, um lugar de mim. Até sempre!
2 Comments:
que bom que andes por aí a fazer as despesas da linha. eu vim cá só para acertar as agulhas da carruagem-bar pela chuva de hoje. também tenho espécie de exame à porta, depois conto.
(o teu post é despedida mas a música chama-se Arrival, chegada)
não tenho música, nem hipóteses de ter, na carruagem bar...
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