Talasnal musicado
Talasnal musicado. Talasnal, peça de museu. Assim fiquei cilindrado quando M me descobriu uma ovelha perdida e nos manda a banda sonora de há tantos anos, tão simples como a fragilidade da letra e dos acordes. Não era o nosso Punk nem o nosso rock sinfónico. Era uma viola e o calor da eira e os nossos corpos a escorrerem amor e madeixas de intervenção. Sim. Todos fomos novos. Sim. Todos tínhamos toneladas de coisas para dizer. Sim. Éramos (e somos!) um movimento quase oculto, essa forma de estar que felizmente ainda anda escondida das entidades da política fácil a prejuízo de alguma juventude. Quem tiver o senso bom e a ouvir até ao fim, perceberá que terá de recuar muitos anos, vestir uma ganga gasta, uma t’shirt e pensar que a melhor almofada é ainda as costas de uma mochila e, o bom cobertor, o saco-cama pronto para todos os climas onde abusávamos esse viver.
Quem não tiver paciência, paciência! Mas o seu mundo construído de outra forma não terá tantas luzes como o nosso caminho e menos mãos, como nós temos em abundância para tocarmos outras violas e guardarmos entre os dedos os velhos mapas que nos levam aos amigos.
Quem não tiver paciência, paciência! Mas o seu mundo construído de outra forma não terá tantas luzes como o nosso caminho e menos mãos, como nós temos em abundância para tocarmos outras violas e guardarmos entre os dedos os velhos mapas que nos levam aos amigos.
2 Comments:
ó pá que bonito...
como é que não havemos de ter saudades, tantas saudades...?
Impossível o som dessa viola :)
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