Antonioni II
no final da adolescência, entre mil outras prospeções inconsequentes, fui sócia do Cineclube do Porto. foi lá (numa sala no 2º ou 3º andar dum velho prédio da Rua do Rosário) que, sozinha, em fins de tarde de semana, vi filmes absolutamente alucinados ("Irei como um cavalo louco"), sórdidos ("Balada de Narayama"), ou infinitamente belos ("Nostalgia"). foi lá também que vi possivelmente o meu único Antonioni: "Identificação de uma mulher". desse filme só me lembro de uma única imagem: um homem e uma mulher a fazer amor. foi a primeira vez que vi "a cena primitiva", como dizem os psiquiatras. só então percebi que nunca tinha sequer imaginado em que posição é que a coisa funcionava (e que veio a ser um pouco diferente do sugerido pela "Lagoa Azul").
Etiquetas: amor, cinema, Michelangelo Antonioni
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