o jogo da falta de comparência
Todas as sondagens diziam SIM. O «período de reflexão» não existe, existiu para o NÃO definir a táctica. E a táctica é a abstenção. Na mesa do Quim onde votei, nem um terço da azáfama dos costumes – todos os terços andariam contados em rosário do NÃO -. Os velhinhos do voto tradicional hoje não terão carrinhas da Junta e autocarros à disposição; os lares acenderão as lareiras mais cedo e darão um bom lanche, logo seguido de DVD de um filme português do Vasco Santana e do António Silva. O jantar é mais cedo para ver o referendo na televisão. «Vão em paz para casa, está chuva e frio, o Senhor vos acompanhe», acabaram assim hoje todas as homilias.
NÃO ganhar não é ter mais votos nas urnas. NÃO ganhar é ter menos de 50% no sufrágio da participação. NÃO ganhar é ganhar por falta de comparência.
Espero estar enganado. Logo vos digo.
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