O fio que canta (aniversário 1)
Não é o fio que canta do Morris & Goscinny no álbum BD do Lucky Luke. É um prazer maior que isso. Faz hoje, 19, neste Janeiro, um ano, que estendemos com o beneplácito acordo de Fontes Pereira de Mello a Linha do Norte. Uma linha de amigos que nos coseu as almas durante tantos anos, íntima porque decisiva nas nossas vidas e que de há um ano para cá disponibilizamos aos amigos do peito.
Nada nos move mais do que a máquina fraternal que nos une sem nos vermos nesta aventura dos dias, um ventinho de locomotiva que nos sopra nos nossos mundos sorrisos e alegria que baste. E o gozo dos amigos que nos procuram; uns clandestinos que nos chegam noutras formas de saber estar; outros, ousados, que aqui atravessam a linha diariamente em horário certo de gare em gare, comentário preciso, alinhando a linha como um bordado antigo.
Estás aí H?
Estás aí M?
(Estamos!)
Bebamos então um copo farto. Abro o waggon-bar: para H um gin tónico com apoio de palhinha e limão de enfeite a condizer. Para M um bom vinho do Porto num copo do Sisa, adornado com orquídeas do monte. Para os amigos as palavras de sempre, que aqui continuarão despidas de rigores, mas com o mesmo esforço de dizer todos os dias «aqui está o espelho onde te vês!»
Em Coimbra B ouço: «vai dar entrada na linha 1 o comboio procedente do Porto, Campanhã com destino a Lisboa, Sta. Apolónia. Atenção à sua passagem.» Acompanho-o. E bebo o quê? Tinto, à temperatura do coração. Um copo que canta por elas, que me educa o paladar dos seus saberes. Sabores para continuar na linha, porque deste modo nos necessitamos.
2 Comments:
eu também preferia um gin, pode ser?
estou baralhada: então fazemos anos a 19 ou a 23?
M (menina): vai à gare Janeiro onde postei a Benção da Locomotiva. 19, pois. OK ao gin, está a ser servido!
Enviar um comentário
<< Home