lei das cismarias
Dar-te-ia todos os terrenos junto ao rio, o maior quarto da casa, a sombra da nogueira agora carregada de nozes, a última selha de água para perfumares o teu corpo, a receita da torta de queijo, a fotografia de Paris, o exemplar único do semanário que escrevo – edição nominal – só com as boas notícias de Dezembro.
E a carta que escreveste, intacta, fechada, como se nunca a tivesse lido trezentas vezes.
Dar-te-ia tudo isso se sentisse que ainda cismarias por mim.
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