da idade
Chegaram-me hoje palavras da Guida G. adivinhando aniversários, cada vez mais adversários, consumos no tempo e no espaço que vivemos:
«Procuramos nos livros e nos escritores as palavras para o que sentimos.
Ontem, na grande entrevista, Judite de Sousa convidava António Lobo Antunes.
Gosto, em particular, das suas crónicas.
No meio do pudor, das mãos quase a tapar a voz, diz algo que sinto há muito tempo:
"Idade? Tenho problemas em definir o que é a idade."
E conclui:
"Nascemos com a idade que temos"».
É isso, M! Nascemos com a idade que temos.
E acrescento:
Morreremos com o tempo de não nos vermos.
«Procuramos nos livros e nos escritores as palavras para o que sentimos.
Ontem, na grande entrevista, Judite de Sousa convidava António Lobo Antunes.
Gosto, em particular, das suas crónicas.
No meio do pudor, das mãos quase a tapar a voz, diz algo que sinto há muito tempo:
"Idade? Tenho problemas em definir o que é a idade."
E conclui:
"Nascemos com a idade que temos"».
É isso, M! Nascemos com a idade que temos.
E acrescento:
Morreremos com o tempo de não nos vermos.
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Ou: "Não basta fazer anos. è preciso olhar, com assombrado desassombro,para aquilo que os anos fizeram de nós, e dizer com ele, como ele: não me arrependo". (ELE, é o Caetano Veloso, em "Cê", de quem diz ainda - e aproveita-lhe as palavras, M, - que "é como se o tempo lhe corresse ao contrário dentro do peito, do cinismo para a inocência, do medo para a vida". (Perdoe-me a IP se não são exactamente estas as palavras, mas não trouxe comigo para a grande maçã o recorte de jornal que trouxe no carro durante uns dias, só para ler estas palavras em cada semáforo vermelho).
como hei-de explicar? os 40 aqui como uma figura, das coisas que sucederam com eles. a idade em si não me perturba e o tempo, esse grande terapeuta, provavelmente confirmará que foram apenas coisas que aconteceram ao mesmo tempo, aos 40.
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