para a rita
Para a Rita
Um filho é um bocado de mar quente. O resto do sal. Um projecto de um barco que um dia irrompe de nós agarrado ao cais. Nasce quando lhe cortas a corda e o deixas manso mesmo perto de ti.« o mar faz-se devagar... » dizes-lhe num sopro.
Um filho é pedaço. Uma parte de desprendimento de nós. Multiplicação do respirar. História que foge da tua história. A palavra que se autonomizou num poema. Ter um filho é, em simultâneo, conter e estar contido.
A um filho ensina-se devagar as marés, os ciclos da lua, o cheiro a maresia e iodo, a bravura da tempestade. Começamos por ensinar a fazer barcos de papel, depois de cortiça e um dia de madeira.
A um filho ensinamos, aprendemos e fazemos o mar. Para que ele o saiba, com sal e vento. Para que ele seja feliz.
Um filho é um bocado de mar quente. O resto do sal. Um projecto de um barco que um dia irrompe de nós agarrado ao cais. Nasce quando lhe cortas a corda e o deixas manso mesmo perto de ti.« o mar faz-se devagar... » dizes-lhe num sopro.
Um filho é pedaço. Uma parte de desprendimento de nós. Multiplicação do respirar. História que foge da tua história. A palavra que se autonomizou num poema. Ter um filho é, em simultâneo, conter e estar contido.
A um filho ensina-se devagar as marés, os ciclos da lua, o cheiro a maresia e iodo, a bravura da tempestade. Começamos por ensinar a fazer barcos de papel, depois de cortiça e um dia de madeira.
A um filho ensinamos, aprendemos e fazemos o mar. Para que ele o saiba, com sal e vento. Para que ele seja feliz.
2 Comments:
parabéns por essa filha tão bonita.
parabéns às duas.
e que a vida seja sempre esse mar de felicidade que se adivinha.
a fotografia, Helena, está belíssima.
beijos.
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