A ÁGUAS EM VIGO
Era cedo demais! Mas havia uma azáfama quando passei ainda noite perto de Campanhã. Um disque-disque que M se preparava para voltar à linha do norte. Segui firme, fronteira, Vigo no horizonte e caminho da água. Há trabalho a fazer na Galiza, plataforma logística, barcos em portos secos. Junto a um dos cais, há uma estátua a cinco mulheres que uma noite acabaram aí a estrada, trocando de roupa no carro, meia de vidro preta, dançando loucamente as músicas do mundo. Depois outra água com sabor a enxofre que recomendo. Por lá fiz a tarde, chuva a derreter gin:
- Un “guin tónico”, por favor!
- Outro más?
- Sí! Soy un hombre de ferrocarril y no tengo eso para conducir los coches. Se define la línea, por lo tanto puedo beber.
- Un “guin tónico”, por favor!
- Outro más?
- Sí! Soy un hombre de ferrocarril y no tengo eso para conducir los coches. Se define la línea, por lo tanto puedo beber.
Na volta, parei no bar de Campanhã. O chefe da estação disse-me que M tinha partido para a linha com uns sapatos novos, passeando entre as árvores a caminho de Sta. Apolónia, onde H a esperava com dois copos. Parece que a Lisboa tinha chegado uma preia-mar, maré-cheia catalã de cerveja fresca. E eu na Galiza em portos secos. Era tarde demais!
2 Comments:
Foste para a chuva junto ao porto seco ? foste para o norte quando nos fizemos ao sul ?
desacerto do tempo. mas nunca é tarde demais. sempre assim foi e sempre nos encontramos.
voltemos. voltemos a essa galiza de paixão. está tão perto... extenção da linha e um apeadeiro novo...vamos devagar sinalizando os lugares do mundo para ainda lá chegarmos ou retornarmos.
A Galiza sempre foi nossa. Por lá fizemos vida de que nunca nos vamos arrepender. Aceito prolongar a linha até à Coruña. M dirá da bitola!
Enviar um comentário
<< Home