sociologia instantânea II
os colegas da primária do meu pai, nos arredores do Porto, anos quarenta. 60 e tal rapazes (distingo também 2 raparigas), a um passo de se tornarem homens: calculo que, tal como aconteceu com o meu pai, muitos começariam a trabalhar pouco depois, com apenas 10, 11 anos. alguns calçam socas. o meu pai, em cujo olhar vejo, assombrada, o meu próprio filho, usa uma corda à laia de cinto.
comove-me este rapazinho que foi o meu pai. comove-me saber que, partindo deste quase nada, ele tenha conseguido, três décadas depois, que na minha fotografia, eu aparecesse no outro lado do destino.
Etiquetas: fotografia, minhas histórias, Portugal
2 Comments:
Bela esta sociologia instantânea e o que lhe está subjacente. Também são assim as minhas fotografias.
~CC~
sim, bela e comovente!
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