Tratado em Lisboa
Ouvi hoje o Prof. Manuel Porto na TSF referir-se à não capacidade do «povo» europeu se poder expressar em referendo sobre o tratado de Lisboa, tal é a dificuldade da receita para a sua expressão num tacho popular. Habituou-me noutro quadrante a ser um homem sábio e sério. Com ele aprendi o que sei de base sobre as instituições europeias e o seu musgo legislativo, denso como o sangue nas veias próximo de um ABS, que todos tememos numa manhã por descuidada arte dos deuses.
E disse que os parlamentos europeus, incluindo o nosso, são ainda a sede onde o referendo deverá ter validade, corpo e compromisso.
Sarkosy corria sorridente para os braços de Sócrates sob o sol de Lisboa. Zapattero batia palmas ao hino da alegria. Gordon atrasou-se num gin político de Londres. Mas todos estavam cúmplices nesta achega à constituição reprovada europeia. Aí está a minha dificuldade. Nada sei dos ossos dos outros. Sei que o nosso parlamento é hoje um ABC primário de figuras de Camilo. Quedas de anjos. Calistos. Personagens que se catalogam entre o aposentado e o menino de aparelho numa sopa juliana. Cultura zero. História menos um. Capacidade política, todas as segundas-feiras, onde se entretêm em “trabalho político” entre um arroz de berbigão e o cálculo das ajudas de custo. São estes que querem que decidam por nós. O «povo» de Manuel Porto na expressão democrática da representatividade pública, que vamos votando envergonhados.
Como diz um amigo meu, «ai quando o povo souber!»
E disse que os parlamentos europeus, incluindo o nosso, são ainda a sede onde o referendo deverá ter validade, corpo e compromisso.
Sarkosy corria sorridente para os braços de Sócrates sob o sol de Lisboa. Zapattero batia palmas ao hino da alegria. Gordon atrasou-se num gin político de Londres. Mas todos estavam cúmplices nesta achega à constituição reprovada europeia. Aí está a minha dificuldade. Nada sei dos ossos dos outros. Sei que o nosso parlamento é hoje um ABC primário de figuras de Camilo. Quedas de anjos. Calistos. Personagens que se catalogam entre o aposentado e o menino de aparelho numa sopa juliana. Cultura zero. História menos um. Capacidade política, todas as segundas-feiras, onde se entretêm em “trabalho político” entre um arroz de berbigão e o cálculo das ajudas de custo. São estes que querem que decidam por nós. O «povo» de Manuel Porto na expressão democrática da representatividade pública, que vamos votando envergonhados.
Como diz um amigo meu, «ai quando o povo souber!»
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home