o meu dia de greve geral
hoje apeteceu-me abraçar e beijar o condutor de metro que às 9 da manhã guiou, determinada e tranquilamente, duas composições de gente enlatada - eu incluída - através de uma linha, ao que consta, previamente sabotada no seu sistema de comunicações e sinalização, até ao seu trabalho de destino.
depois, durante o dia, pessoas agradeceram-me por eu estar a trabalhar quando precisaram de mim.
acredito que o dia da maioria dos portugueses não foi de serviços fechados, passageiros apeados e ódios fracturantes. mas claro que estas coisas (vontade de abraços, gratidão e serenidade) nunca foram notícia de telejornais.
1 Comments:
Muito bem, pois!
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