De que lado te sopra o vento?
Fui ver da cepa empada para o vinho novo e o princípio do pêssego no pessegueiro. A vida que chora e a outra que brilha de alegria pelo sol que chegou. Uns choram, outros riem. Nos dois há um sol de Março. Mas na cepa há uma lágrima iluminada por esse sol de fim de tarde, que recolhi hoje, entre muros de adobe, o mesmo que dá vida à flor. A resposta está definitivamente no vento que os sopra. Tivessem a cepa e o pessegueiro vela triangular e voariam de mim, porque o sal do Atlântico perto é lenda de atracção. Tivesse eu vela triangular no cruzamento dos braços e voaria para ti, lenda árabe inscrita na areia, cumprindo o desafio que me deixaste um dia, quando por insensatez não aceitei.
Tenho nova vela para insuflar. Tens areia que baste para o vento que sopra, trazendo-me do teu olhar? Nos dois havia um sol de Março. Em nós dois há uma vela… e um vento, matreiro, que espera! Constrói uma duna, uma montanha que queira com vela triangular morrer junto ao mar… e eu voo contigo, deixando o vento no tempo soprar…
Tenho nova vela para insuflar. Tens areia que baste para o vento que sopra, trazendo-me do teu olhar? Nos dois havia um sol de Março. Em nós dois há uma vela… e um vento, matreiro, que espera! Constrói uma duna, uma montanha que queira com vela triangular morrer junto ao mar… e eu voo contigo, deixando o vento no tempo soprar…
1 Comments:
estou a gostar de descobrir esta tua veia bucólica que desconhecia em absoluto.
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