sábado, janeiro 24, 2009

vida de cão


Para o Filipe O

Depois de ter estado internada no Natal, gastrite forte e violenta que levou a veterinária a avisar-nos para que preparassemos as crianças para o pior, a cadela resistiu e veio para casa, frágil e pequena.
Tem crescido muito, está gordinha e brincalhona. Roí o chão todo da nossa vida, desde os livros da última prateleira da estante até aos sapatos que, inadvertidamente, encontra.
Adora ouvir tocar a campainha de casa e é a primeira a receber, sentada junto à porta. Sauda um a um, os da casa, quando acordam de manhã e estremunhados vem até à sala ou quando chegamos pela tarde a casa, depois da escola ou do trabalho. Dá muito ao rabo, lambidelas e trincadelas no pijama. É companheira, já se sente Peninha, e não gosta nada de vento na cara. Adora muita gente em casa, como acontece com frequência, e ficou estafada de brincadeira no dia de aniversário da T. Também ressona. Ainda não vai á rua mas em casa, não sabe andar de trela. Fica à espera que a empurremos pelo chão escorregadio.
Mas tem um jeito tão meigo de nos olhar, que compensa a vida de cão a que, ás vezes, nos obriga. Até eu, já escrevo textos de cão.
Disse-me á pouco, antes da soneca, que vos espera no sul.

1 Comments:

At 2:59 da tarde, Blogger Mónica (em Campanhã) said...

ele vai adorar as notícias e a dedicatória. está para casa de um amigo mas logo quando chegar a ver se ainda ligamos.

 

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