arfar de verão
Foi verdadeiramente o começo do tempo. Rumar ao Douro. Terra quase esquecida no caminho do tempo depois de a memória a habitar durante um ano lá pelos meus 11/12 anos.
O rio mantém-se quieto e curvo e a vinha escarpada até à água. Levei a alma, a família, uns amigos e ainda dois livros para ler. Mas primeiro e urgente, o vagar.
A quietude do entardecer quando a terra arfa a calor e ao longe se ouvem os cães de uma quinta longínqua. A luz a sossegar a terra e a vinha depois do estalar intenso e abrasivo.
A memória do verão sem mar, tem esse calor insuportável, de ferir a pedra e a terra, com zumbido de abelhas. Tem a crueza da luz e a definição precisa da sombra. Verão sem sal. A dolência do corpo a esconder o esforço das palavras. Conversas, são coisas de acompanhar vinho depois do entardecer…
Comecei o verão a estalar calor seco de terra que escorrega até à água.
(depois apeteceu-me ler Monte Abraão… acabei a faze-lo, ontem noite, já no sopro do mar).
Verão a arfar.
O rio mantém-se quieto e curvo e a vinha escarpada até à água. Levei a alma, a família, uns amigos e ainda dois livros para ler. Mas primeiro e urgente, o vagar.
A quietude do entardecer quando a terra arfa a calor e ao longe se ouvem os cães de uma quinta longínqua. A luz a sossegar a terra e a vinha depois do estalar intenso e abrasivo.
A memória do verão sem mar, tem esse calor insuportável, de ferir a pedra e a terra, com zumbido de abelhas. Tem a crueza da luz e a definição precisa da sombra. Verão sem sal. A dolência do corpo a esconder o esforço das palavras. Conversas, são coisas de acompanhar vinho depois do entardecer…
Comecei o verão a estalar calor seco de terra que escorrega até à água.
(depois apeteceu-me ler Monte Abraão… acabei a faze-lo, ontem noite, já no sopro do mar).
Verão a arfar.
2 Comments:
Que inveja...
pura, pura, inveja
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