quinta-feira, julho 26, 2007

amigos II

"Aos Amigos

amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.
os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
- temos um talento doloroso e obscuro.
construímos um lugar de silêncio
de paixão"

repito hoje este poema de Herberto Hélder (JPN, podes mesmo confiar em mim) que sempre me ocorre quando penso em amigos, e em especial naqueles que fiz no caldo de cultura que foram os campos.

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1 Comments:

At 1:27 da manhã, Blogger David (em Coimbra B) said...

Um Herberto Hélder que, para nós, será sempre um Hélder Ribeiro. e o texto de H é fabuloso, como sempre, sobre as nossas boas vidas.

 

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