céu...
Céu... como pinga azul esta chuva do copo, em tempo estio. Venho a fingir dançar vagar, copo na mão, derrame azul trémulo e fresco. Sussurro: “.... céu!”. O D deixou limão e eu caí na vida.
Chego do velório, acabei o livro, pouso na palavra estafada. Já cheira a verão, a luz limpa e rente o som dos grilos. Está bom para fingir na vida... foi nada, foi nada, andei por aí a estafar-me e hoje vim dançar. Copo na mão. Fingir azul.
Andei a ler compulsivamente, até na fila de trânsito das manhã, “ Alexandre 0’Neill – Uma biografia literária” de Maria Antónia Oliveira.Ler vida de outros sabe melhor quando da nossa pouco se sabe, quase nada se saúda... espreitadela curiosa esta ! Deliciosa. Escrita fácil e bonita. Tentadora. Irresistível. Como ele.
Não sei precisar o que me atrai na leitura de uma biografia. Se a percepção da pequenez na grandeza o que permite num instante, da nossa pequenez, fazer grandeza ... se a confirmada constastação que qualquer história de vida é por si mesmo bonita, sobretudo quando descontextualizada da própria vida... se, se... não sei. Para além da curiosidade pura e, neste caso particular, da inveja de tanta tertúlia, de tanto excesso, de tanto prazer.
M, lê este livro. Levo-te para sul em fim de Março. Enfia os teus quarenta anos dentro de uma página e O’Neill te dirá que a idade não tem alma. A alma tem tempo e idade por uma questão prática de catalogação.
Estafei-me ainda na montagem de uma feira do livro para crianças e pouco mais tem dignidade de registo.
Céu... fingir que danço.E para vocês, dois em particular, vai esta : “ senta-te copo, bebe comigo”.
Chego do velório, acabei o livro, pouso na palavra estafada. Já cheira a verão, a luz limpa e rente o som dos grilos. Está bom para fingir na vida... foi nada, foi nada, andei por aí a estafar-me e hoje vim dançar. Copo na mão. Fingir azul.
Andei a ler compulsivamente, até na fila de trânsito das manhã, “ Alexandre 0’Neill – Uma biografia literária” de Maria Antónia Oliveira.Ler vida de outros sabe melhor quando da nossa pouco se sabe, quase nada se saúda... espreitadela curiosa esta ! Deliciosa. Escrita fácil e bonita. Tentadora. Irresistível. Como ele.
Não sei precisar o que me atrai na leitura de uma biografia. Se a percepção da pequenez na grandeza o que permite num instante, da nossa pequenez, fazer grandeza ... se a confirmada constastação que qualquer história de vida é por si mesmo bonita, sobretudo quando descontextualizada da própria vida... se, se... não sei. Para além da curiosidade pura e, neste caso particular, da inveja de tanta tertúlia, de tanto excesso, de tanto prazer.
M, lê este livro. Levo-te para sul em fim de Março. Enfia os teus quarenta anos dentro de uma página e O’Neill te dirá que a idade não tem alma. A alma tem tempo e idade por uma questão prática de catalogação.
Estafei-me ainda na montagem de uma feira do livro para crianças e pouco mais tem dignidade de registo.
Céu... fingir que danço.E para vocês, dois em particular, vai esta : “ senta-te copo, bebe comigo”.
2 Comments:
descobri agora esse gosto pelas biografias, é como dizes, ver como a grandeza dos outros também se faz de coisas pequenas, como as nossas, é como quem diz.
leva-me sim o livro para sul. queres assim dizer que sempre apareces?
«No comboio havia uma compartimento especial para tímidos, mas estava sempre ocupado.»
Alexandre O'Neill
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