Passageiro da Noite
Já sei quem é o nosso passageiro da noite... aparece tardio, põem charuto, procura na casa as cartas as músicas os livros os silêncio e vai ao quarto procura as mágoas as saudades as ausências e volta revolta rebusca hesita diz que faz a barba para a manhã seguinte mas engana. Põem o casaco, traga o último gole de gin, vai devagar até à estação.
Pára e imenso, escreve. Fabulosamente. A giz na placa da estação onde outrora se escrevia o tempo dos comboios. Fica no centro das mulheres, da linha, das palavras. No centro das horas, entre a noite rasa e a madrugada.
Só o encontramos quando já esteve. Sempre foi assim... desacertou o tempo. Mas sempre foi assim... sempre esteve lá. Acabei de descobrir o eterno passageiro da noite. D, é ele.
1 Comments:
foste lá direitinha, obrigada, eu subscrevo se me deixares
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