sábado, outubro 30, 2010

mais uma campanha do medo


Hoje no Público, ontem na televisão (no programa "Sociedade Civil").

estudos recentes demonstram que a redução da moratlidade do cancro da mama se deve sobretudo aos progressos no diagnóstico precoce (rápida avaliação e orientação de sintomas da mama) e no tratamento, sendo apenas uma pequena parte atribuível ao rastreio de mulheres saudáveis. é exemplo o estudo norueguês publicado recentemente no New England Journal of Medicine (N Engl J Med. 2010 Sep 23;363(13):1203-10)

acresce a esta dúvida sobre o real benefício dos rastreios do cancro da mama, um grande silêncio sobre os danos que ele provoca: as biópsias e as mastectomias que ele provoca, sabendo-se hoje que alguns cancros localizados nunca seriam sintomáticos (não se sabe é quais, o que "obriga" ao tratamento de todos os que se encontram no rastreio).

portanto não são líquidas estas afirmações que se enquadram numa estratégia de marketing da doença (por vezes usando a boa fé de médicos menos atentos) e da prática de uma Medicina baseada no medo. visitas médicas de 6 em 6 meses para mulheres saudáveis a partir dos 35 anos? que mais irão inventar?

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