quinta-feira, abril 30, 2009

Mundo Imperfeito

Estou só supresa. Descobri agora mesmo que o Mundo Perfeito acabou. Abrupto. Doloroso.
É ainda uma morte sem entendimento, uma perda sem referência, como uma fuga num amor correspondido.
Confesso... fui espreitar Respirar Mesmo Ar a ver se o JPN já tinha escrito sobre essa morte. Mas não, tinha uma história bonita de pai e uma suspeita de homem feliz.
Sinto que preciso de saber para ser capaz de morrer o Mundo. Enquanto não, fico aqui tonta, enrolada no cigarro e na supresa, incrédula.
Não devíamos dizer, de uma forma que não sei, à Isabela que ela tem que escrever? Não há mundo perfeito sem essa escrita.

domingo, abril 26, 2009

terceiro mandamento

nunca fui workaholic (preciso tanto de descanso que estou naturalmente protegida disso) mas nos últimos anos adquiri um vício horrível: aproveitar os fins-de-semana para trabalhar em casa. são quase sempre pequenas coisas que vou deixando durante a semana e às vezes grandes coisas que o ritmo da semana não me permite sequer pegar. a maioria das vezes feitas aqui no portátil aos bochechos durante todo o fim-de-semana, entremeadas com tarefas domésticas próprias dos dias de lazer (em que se cozinha mais, se desarruma mais, se perde mais tempo em compras) e resultando invariavelmente numa dificuldade em me decidir começar a fazê-las no sábado, ante a perspectiva de dois dias cansativos, e numa sensação de estafa de domingo à noite, agravada pela constatação repetida de que, de tudo o que precisava fazer, metade não chegou a realizar-se. e na segunda-feira volta tudo ao princípio, semana após semana e só nas férias, 2 quinzenas por ano, páro realmente os motores e desligo.

mas há tempos, decidi mudar. foi tão simples como ouvir a explicação do 3º mandamento e pôr-me a pensar nisso. não só Deus descansou ao 7º dia, vendo que o que tinha feito era bom, mas o shabat dos judeus pode ser lido como uma espécie de comemoração da liberdade adquirida após a fuga do Egipto: depois da escravatura, um dia, em cada 7, lembrava-lhes que eram livres (livres de descansar e livres de rezar). fiquei presa a esta ideia, da celebração da liberdade que temos e pela qual afinal trabalhamos tanto. e decidi que era importante ter este ciclo mais curto e mais definido: um dia por semana para me dedicar ao essencial, a tudo o que não me vem do trabalho nem compro com dinheiro.

foi assim que ontem me disciplinei para despachar o mais possível do que tinha pendente para, assim, hoje, domingo, me poder entregar à minha liberdade: andei nos blogs, coisa que há meses não fazia, li jornais, e estive na mesma imenso tempo no portátil (ainda tenho que aperfeiçoar esta minha capacidade de entrega ao essencial) mas sempre com a sensação de que na verdade, não tinha nada para fazer, não hoje, e que, por isso, tinha tempo para tudo.

Etiquetas: ,

sábado, abril 25, 2009

Cravos de Abril

Um Abril que ainda acasala cravos como velhos amantes. A liberdade que hoje começa nos bancos das escolas como um compromisso sem que os miúdos disso façam tema a qualquer redacção para brilho das elites. Assim se faz agora o mundo. Por vezes fico-me a pensar que ainda me encanta a sabedoria de um Adriano Moreira do outro regime, o pulsar do coração de um Mário Soares do último quartel na liberdade do tempo e dou comigo neste pêndulo, para lá e para cá, sem que alguém me diga onde termina este movimento. Ponho neste meu mural de Abril dois nomes, poderiam ser muitos mais nas suas contradições. Não tenho armas à mão para revoluções e dou de barato este contentar-me com a memória. Mas este rascunho breve de perceber o antes e viver no depois é que me fascina.

sexta-feira, abril 24, 2009

saudades de brincar

no regresso das férias a conversa habitual: já tinha saudades disto, e eu daquilo, e tu? o F, de 10 anos, tinha saudades do quarto. a I, de 8, dos seus bebés. e eu a dizer que achava que não tinha saudades de nada, tão bem que estava ainda ao fim de 15 dias de ferinhas ferinhas mesmo. mas depois disse: "só, talvez, um bocadinho, do meu computador". e a I achou normal: "pois, os grandes não têm brinquedos".

Etiquetas: ,

tão breve

tão rápido se vai de férias e se regressa delas. tão rápido a desolação do inverno dá lugar ao esplendor de verde na Rotunda. tão súbito os filhos voam, claramente, num mundo que já não é o nosso. tão de surpresa correram dez anos desde a última vez que tanta coisa. tão velozes as semanas e os fins delas, as dificuldades e as alegrias, os encontros, as melancolias, todas as coisas que alguma vez pareceram não acabar nunca. tão breve uma vida.

Etiquetas: , ,

terça-feira, abril 21, 2009

GPS

Escolhe no Google Earth um ponto de desejo. Amplia-o no seu máximo de nitidez. Depois, escolhe na barra o pin amarelo e transporta-o para o sítio certo. Dá coordenadas a N e W com os seus graus, minutos e segundos. Carrega nos favoritos do GPS e diz à Catarina que estamos prontos para partir. Podia deixar-te aqui algumas coordenadas favoritas, exercício que faço muitas vezes sem saída, mas um dia destes marco os pontos onde moras e começamos a viagem como quem anuncia o início de um incêndio, pronto, o começo de um Verão…

sábado, abril 18, 2009

Vidinha

Sábado cá em casa é dia de deixar a música entrar pela janela. Faz parte do processo educativo de arejar e ouvir música.

Acordo um pouco mais tarde, deixo crianças no inglês das 11h às 13h, fazendo desse intervalo o tempo de comprar jornais, tratar de culminar as pequenas faltas domésticas, às vezes descer ao mercado ou fazer a estrada da serra e em ambos, comprar flores. Antes das 13h de sábado é quase certo que tenho cumprido todas as obrigações de vida, porque dessa hora em diante não há nada, nada que me aconteça obrigada.

Ás 13h espero-as no carro, voltamos com fome e vontade de preguiçar e na casa a mesa está posta, a portada da varanda toda aberta (é bom quando entra muita luz de primavera, mas não deixa também de ser bonito ouvir a chuva quando parece Inverno e a portada está mesmo aberta), a televisão por liga e a música a encher a casa. É o pai que faz esta parte de sábado, e como tal é o pai que determina a música que nos recebe. Ao sábado cabe-lhe a ele a educação musical, a influência do gosto, a disputa do género e este pai cá de casa é muito ecléctico nisso. Hoje chegamos com as mornas a morar cá em casa. (Eu perverto-as no carro, quando não cumpro os cd’s elas que teimam em levar quando a viagem tem um tempo superior a um suspiro).
Mornas com chuva, é bonito. Faz vida bonita. Faz o tempo bonito.

sexta-feira, abril 17, 2009

Namora Marketing

Como a Helena anda à procura de Agustina, ando eu de leitura disponível para Fernando Namora. É autor do território onde trabalho. Conhecê-lo como escritor é mais fácil. Médico? Sim! Mas foi também pintor, sabiam? Vão à Casa Fernando Namora em Condeixa, está lá quase tudo. Conhecer o território é também conhecer, no caso, quem o escreveu e o pintou. A arte de trabalhar o mundo rural, trazendo novidade, é respeitar o que por ali está intacto e disponível e aportar valências de contributo urbano. Ter mundo e oferecê-lo de forma diversa, é um contributo em que ainda acredito. Assim tudo tende ao equilíbrio. Assim nos contemplamos. Assim nos completamos como os amores depois do ponto de partida. Aqui fica um exemplo a meu lado:

MARKETING

Aqui a meu lado o bom cidadão
escolheu Sagres
que é tudo tudo cerveja
a pausa que refresca
a longa pausa de um longo cigarro King Size.
atenção ao marketing.
Eu não gosto de cerveja
mas tenho de gostar que os outros gostem de cerveja
sobretudo da Sagres
para não contrariar os fabricantes de cerveja.
atenção ao marketing.
Ninguém contraria os fabricantes de cerveja
ninguém contraria os fabricantes do Opel e da Super Silver
nem os fabricantes de alcatifas para panaceias
nem as panaceias nem os códigos e os édredons macios
nem as mensagens de natal dos estadistas
nem os negociantes de armas da Suíça
nem o homem de capa negra que virou as costas ao Palmolive.
Está tudo perfeito e deito-me no conforto de um Lusospuma
a ver as processões passar mesmo sem anjos mesmo sem anjos
que são agora selvagens e voam numa Harley.
Deito-me e obedeço aos fabricantes do Clarim
que é uma alta onda ou uma onda alta
sem esquecer as fitas do John Waine e a chama viva do Butagás
e se calhar sentir fome terei toda a frescura serrana
numa fatia de pão.bu
atenção ao marketing.
Vitonizo-me desodorizo-me atravesso as ruas nas passagens dos peões
louvo quem me dizem para louvar e desconfio dos negros americanos
e dos blousons noirs que não usam Lux
e não compram um frigorífico a prestações
e com o meu escudo invisível
portejo-me dos vírus subversivos
sou um bom cidadão sou um bom cidadão
obedeço ao marketing à General Motors e ao Pentágono.
Dantes tinha problemas era o odor corporal
e eu não o sabia até me higienizar seis vezes ao dia com o sabonete das estrelas
e as paradas marciais e os 5-3 do Eusébio à Coreia
e o talco Cadum que ama demoradamente roucamente tepidamente os corpos que
[merecem ser amados...
Obedeço ao marketing não contrario.
Ninguém contraria os fabricantes das ideias e os fabricantes do Fula
que é o da cor do sol
ninguém pisa os riscos brancos do tráfego
nem chama os bombeiros sem concorrer ao sorteio
concorro concorro e vejo nos sinaleiros o pai natal vestido de Scotchgard
ninguém sai do emprego antes de assinar o ponto a horas fixas
e gastar o dinheiro da semana sábado à tarde
no Dardo que é tudo a prestações e é mesmo em frente da Música no Coração.
Fazendo Portugal mais alegre com o folclore da TV e a tinta Robbialac
não contrario obedeço obedeço e meto os meninos na cama
quando me dizem vamos dormir.
atenção ao marketing.
Sagres é uma boa cerveja
e eu acabarei por gostar da Sagres
como gosto do Rexina.
Sagres é a pausa que refresca e tem vitaminas
todas as bebidas da televisão têm vitaminas
mesmo as do programa literário que é detergente
e eu uso-as e sou um cidadão perfeito
e até já consigo adormecer com hipnóticos
depois de tomar o Tofa descafeinado
e no Verão visto calções de banho de fibras sintéticas
para me banhar na Torralta
cidadão perfeito perfeitamente bronzeado com o Ambre Solaire.
Também vou arear as caçarolas e os nervos e os miolos
com um pó azul de que não me lembra o nome
não me lembra mas a culpa já não é minha
porque na mesma noite
massajado com Aqua Velva
fiz a barba com Gillette, e Schick e Nacet
e fui não sei aonde sempre com a mesma lâmina
e oito dias depois (eu era actor ou toureiro?)
a lâmina ainda me escanhoou mais uma barba
antes de eu descer no aeroporto
onde me esperava um agente do marketing.
Os produtores viram-me à descida do avião
primeiro julgaram que era o filho da Sophia Loren
ou o Onassis mas era eu
e gostaram da minha barba bem feita.
(Da barba bem feita
ou do casaco Dralon que não se amarrotara
durante a viagem da Polinésia para Lisboa?)
Confesso que já não me lembra mas a culpa não é minha
pois na mesma noite
fui o homem de não sei quê que marca o rumo
por vestir regras ou camisas ou calças que não enrugam
e fartei-me de assistir a discursos e a inaugurações
e fartei-me de comer chocolates Regina e pescada congelada
e de lavar a roupa com Ajax e com o Rino
e de me banhar com Omo ou seja uma onda de brancura
e fiz-me mecânico de automóveis
só para que o cavaleiro da armadura branca
me tocasse com a sua lança mágica
e me pusesse branco branco branco
três vezes branco como as páginas do Reader’s
de cérebro irrepreensivelmente lexivizado
pelos locutores da televisão pela oratória dos políticos
e passado a ferro com um ferro eléctrico automático
que talvez fosse – ou não? – uma enceradora Philips.
Tudo coisas admiráveis e desesperadamente necessárias
que eu devo ao marketing
e me são cozinhadas num abrir e fechar de olhos
nas palavras de pressão
de todo o bom cidadão.
E no intervalo bebi café puro o do gostinho especial
Sical Sical que é um luxo verdadeiro
Por pouco dinheiro.
Vitonizadi esterilizado comprando e concorrendo
esqueci-me de amar do amor das árvores e do rio
esqueci-me de mim tão entretido estava a admirar a Lisnave
esqueci-me do rio e dos barcos
e da saudade de pedra do Fernando Pessoa
e esqueci-me de sonhar que era marinheiro.
Concorra concorra foi isso que não reparei
que uma rapariga cortou as veias
talves fosse com uma Diplomatic
que tem o fio e o silvo de uma espada a degolar avestruzes.
No programa só havia bombeiros
nem uma rapariga a cortar as veias (não era a Caprília)
nem o rio nem o amor nem a raiva da Venezuela.
Se mágoa sentia era a de ter esquecido
dar murros no espião da Missão Impossível
(atenção ao marketing)
e já não saí de casa para ver o rio
só pelo gosto de me aquecer com um Ignis.
E na mesma noite noite boa noite branca
fumei Estoril Valetes Kayakes e bebi Compal
depois da Salus e da Schweppes
fumei quilómetros e quilómetros de prazer
quilómetros e mais quilómetros – há um Ford no meu futuro –
mais facturas mais fomes mais prazer
e agora já não sei qual dos cigarros com filtro
me soube melhor.
Foram todos foram todos de certeza
pois se me dizem que preciso de Omo
do Ajax do Estoril do Dralon
do esquentador e das alcatifas sem nódoas
não me preocupo não te preocupes
o Meraklon não preocupa ninguém
mando para o diabo o amor e o rio e a rapariga que cortou as veias
não me preocupo não me preocupo
digo pois pois ao Jota Pimenta e ao Escort
e hei-de virar-me do avesso para os possuir.
Os corpos que merecem ser amados merecem o talco Cadum.
Numa onda de brancura obedeço ao marketing. Sou um bom cidadão.
E na mesma noite
vi umas bombas que caíam muito ao longe
numa lonjura mais longe que a Lua
onde as pessoas podiam estar quietas a fumar Marialvas
e a lavarem-se com Rino que lava lava lava
lava três vezes mais lava ou mata que se farta
e me ajuda a ser bom cidadão.
atenção ao marketing.
Vi uns homens a inaugurarem estátuas
e vi fardas e paradas e conferências
e crianças a sorrir
para os homens sorridentes que inauguravam estátuas
e vi homens que falavam e pensavam por mim
a escolherem por mim o bom e o mau
de modo a que eu não possa ser tentado
a confundir o mau com o bom ou vice-versa ou vice-versa.
Deitado no conforto de um Lusospuma
vi os porcalhões dos hippies nas ruas de Estocolmo
bem longe nas ruas de Estocolmo
mesmo a pedirem uns safanões
dos homens que acariciam crianças
e têm todas as verdades na mão
só para que eu seja um bom cidadão.
É isto: marco o rumo. As minhas cuecas marcam o rumo.
Preciso e gosto de uma data de coisas
e só agora o sei.
Menos da Sagres. Mas acabarei por gostar.
Ninguém contraria o marketing por muito tempo.
Ninguém contraria os fabricantes de bem fazer
o bom cidadão.
E tudo graças ao marketing.

Namora, Fernando, Marketing

Merendeira

© Guilherme Limas


Onde andas? Ando a fazer sombras outra vez no Maio das mãos no soro dos queijos, deixando dedadas nos copos de vinho e sabor denso na boca. Coisas do crescimento sustentável, dizem terceiro sector, esse mundo que ainda me encanta a cada dia e me obriga por aqui a ausências descuidadas. Aqui regresso quando tenho serra que baste, quando a água aquece nos cântaros de barro, ou quando me olham mais atentamente como se fosse um espelho dos dias. Crescem agora as cucas na Srª do Círculo como cresce o trigo e as saudades. Ando a ouvir músicas novas, dois livros por companhia e sigo mapas para novos trajectos, prazeres para compor um outro cesto de sabores, a mesma química. E, que queres mais, um segredo ou o meu olhar manhoso?
- Ainda não sou um homem do facebook, ainda homem mais da linha, portanto indisponível a todas as horas, embora já pague renda dele e vos sinta sempre mais perto há mais de um mês.

terça-feira, abril 14, 2009

coisas...

No cumprimento da minha determinação de Agustina, peguei domingo morno no romance “Antes do Degelo”. Tenho-o lido com alguma sofreguidão. Acontece que descobri uma coisa pequena: os livros dela não tem tempo, ou melhor, tem sempre o mesmo tempo.Podem as personagens vestir calças de ganga, podem as descrições fazer referência a um outro tempo que, para mim, só existe um tempo. O romance foge-me para ele.

Será seguramente um erro, meu, de leitura. Uma descontinuidade. Um desacerto. Mas qualquer que seja a história, eu lei-o num tempo muito próprio. No tempo da Agustina. Um tempo forte e impreciso. E para mim, a escrita da Agustina nunca comporta a actualidade. Aquele Porto não é este Porto que sei, aquelas casas tem sombras das casas da minha avó, aquela memória é rente mas é memória, aquele silêncio tem outra espessura e há nele ruídos perdidos. Aquele rio já desaguou, aquela vinha já vindimou, aquelas mulheres já foram mulheres, imortais, desse tempo.

Acontece assim comigo na escrita da Agustina. Deve ser aldrabice minha, mas inconsequente e bonita. É um tempo perto mas não é agora.

sábado, abril 11, 2009

a felicidade ocre dos amigos


Primeiro cumprem-se as crianças. Replicam a cumplicidade nas falésias junto ao mar. Contra o ocre da terra e o azul do mar. Aparecem e desaparecem, recortados no mundo, feitos de histórias e afectos dos quais não sabemos. Os nossos filhos, em qualquer lugar do mundo se fazem cumplíces e nos repetem nisso. A mesma cal dos muros.

Depois somos nós. Ainda nós. Temos o tempo e nos encontramos a sul. Quase por acaso. Sem marcação.Na casa da figueira junto à porta. Bebemos cerveja, trincamos tremoço, rimos muito, quase esquecemos as crianças que aparecem e desaparecem, ocres rente ao mar, falamos da vida sem parecer, deixamos a luz fazer sombras bonitas e retratos felizes. Rimos muito. Ainda muito. Será que ainda somos felizes? ... não dizemos nada, mas somos. Senão não riríamos assim. Apesar do frio.

Vamos todos, vinte e um, para a “Tasquinha da Malta” . Separamos a nossa da mesa dos filhos. Continuamos a rir, cantamos mornas com o cabo verdiano do orgão, temos vagar.

A eternidade é uma monotonia feliz. Tal como a felicidade.

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!